Geralmente as dedicatórias nos filmes, aparecem no final... Neste caso, vou dedicar este post a todos as pessoas que, nos últimos 2 anos, apregoaram por chuva, vento e a puta que os pariu. Que se foda o milho, as plantações e o caralho que os foda. A todos os PapaChangos que, tal e qual, índios Sioux, dançavam apregoar por chuva e a todas as confrarias de aldeias que organizavam circuitos em volta da igreja da Paróquia, acompanhados por vacas e galinhas. Também incluo nesta categoria: os deprimentes que apregoam que ver chuva a bater na janela é bonito, que fazer o amor ao som da chuva é intenso e que tempo deste é bom para estar no sofá a ver os filmes de merda da TV. Para todos eles dedico este pequeno episódio.
Trajecto: Brisa -> Casa.
Tempo: Frio e Chuvoso.
No trajecto para casa, sou brindado com um saco de lixo na tromba.
O senhor lá em cima decidiu, vamos lá ver um pouco de wrestling, os bilhetes estavam esgotados por isso vou escolher um saco do lixo e com a ajuda do meu amigo vento vou acertar na Entidade Doninha no focinho com um saco de lixo.
Na esquina do Melro, fui brindado com o melhor de um almoço de um dia de feriado na tromba. Foi uma luta intensa, por entre estilhaços de ossos de galinha, arroz e qualquer merda gordurosa (parecia-me arroz de cabidela). Como uma granada que me rebenta na cara ou um foguete que rebenta na mão de um desgraçado qualquer na Nossa Senhora das Dores, o saco atingiu-me em cheio, no torso, debateu-se. Imediatamente e, tal e qual, uma granada voaram na direcção do meu rosto restos, lembro-me particularmente de pedaços de arroz nos olhos.
Ainda lutei com o saco, mas depois desisti, ouvi o árbitro a fazer a contagem até 3, e deixei-me estar. Pensei, naquela fracção de segundo, "Que se Foda", tá feito e tá, não vou lutar mais contra esta merda. E pronto, em vez de o afastar e de me afastar a mim próprio daquela cena deprimente, recebi de braços abertos o saco do lixo, os ossos de galinha e o arroz gordurento no focinho. Não culpo a besta inconsciente que coloca o saco de lixo, pela manhã, quem sabe mora num T0 e não tem muito espaço, não sei. Mas culpo os carneiros que pediram este tempo durante dois anos. Filhos da puta. Um país, que vive individado, cheio de contas por pagar e habituado a comprar coisas com prestações longas, resolveu pedir tudo de uma só vez. Ah puta de ironia. Vamos pedir tudo às prestações, carro, casa, televisor de plasma, torradeira... E a chuva?? Nãoooooo.... Vamos comprar a pronto... Dois meses de enxurrada a pronto pagamento. Sem prestações ou juros baixos. Que se foda, que inunde todo o mundo. Que alguém faça uma Arca de Noé e se salve...
Bestas do caralho... Um saco do lixo no focinho! Nem lixeiros.. Tresando..
A/O próximo desgraçado a dizer-me que sente a falta de chuva eu juro que lhe espeto um soco na testa.
Não digo mais nada hoje...
Ode à precipitação, chuvas e afins...
Escrito por Entidade Doninha a sexta-feira, dezembro 08, 2006
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4 Contribuições de Merda:
Entidade... Acho que podemos equacionar o facto de a rua Latino Coelho possuir energias muito negativas. Já me arranharam lá o carro mais do que uma vez. Também já caí com uma perna (INTEIRA) dentro de um buraco de esgoto durante as obras em frente ao Brisa. Foi também nessa fatídica rua que vomitei por alcoolismo, uma triste e única vez, abandonada nos banquinhos.
Julgo que o teu episódio veio provar uma teoria que há muito aguardava confirmação...
Se mais casos houver... Estamos feitos!
É, de facto, uma rua peculiar, é um mundo à parte. De referir que também é nesta famosa Rua que o famoso Miro mora, facto que, depois de algumas investigações que eu vou conduzir, tratarei de verificar se o Miro tem alguma influência, seja por "imposição de mãos" ou por outra obra de magia negra que pequenos incidentes ocorrem nesta rua.
A minha miniatura da Torre Eiffel? Os famigerados croissants avecs são melhores que os croissants que vocês devoram no Berlim?
Não comi nenhum croissant, o Daniel poderá responder muito melhor a essa questão. Não aprecio muito o croissant "salgado".
Atenção, já reparei que a rua tem sido, gradualmente, habitada por emigrantes de Leste. Será de verificar a sua responsabilidade em todos estes casos.
o Sioux (mencionado no post) come chouriço na Azenha do Zameiro
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