A Efemeridade do Artista

O jornalismo de investigação, peças de reportagem que revelam o que se esconde por debaixo da notícia, propriamente dita, tem estado em voga nos últimos tempos.

No final de cada Telejornal é recorrente vermos peças de jornalismo que se dedicam aos mais variados assuntos.
Desde os meninos que nascem num helicóptero, entre duas ilhas nos Açores, até aos bastidores de um circo.
Se algumas são de qualidade e justificam plenamente o título de "jornalismo de qualidade", a nossa reportagem: Efemeridade do Artista é, também, seguidora de grandes nomes da investigação jornalística, é uma reportagem que faria inveja a muitos nomes, por exemplo, Felícia Cabrita. (pré fase de biografias de homens que lhe saltam para a cueca).

Se é facto que este tema já foi abordado por um jornalista da SIC, reportagem que continha as histórias do pequeno Saúl e outros artistas portugueses que viveram, de forma efémera, a ribalta e a fama que os palcos lhes granjearam. Também não é menos verdade que alguns nomes foram esquecidos.



De todos eles, aquele que eu tenho mais presente, especialmente, depois de mais um Festival da Canção, é do Rui Bandeira.

Para além da voz melodiosa, existia naquele ser um efeito de hipnotismo que me prendia aquela personagem.
Os longos cabelos loiros, sedosos e esticados por uma prensa de alisar asfalto, exerciam sobre mim o mesmo poder de atracção e fascínio que uma caxineira de mini-saia.



Todo ele é como íman de atracção visual e quiçá sexual. Reparem como ele conquista a audiência ao bom estilo de um hipnotista feirante.
"Baila assim comigo.." grita ele no início, e aí começa a atracção magnética que o binómio dos seus cabelos esvoaçantes mais gingar de perna conquistam e derretem cada uma daquelas velhas gaiteiras do bolhão. De reparar também na expressão: "...Um abraço prós barbudos..."

Mas a pergunta que se coloca é: O que é feito do Rui Bandeira agora? (sim o vídeo é de 2007, mas o tempo passa depressa e o Rui Bandeira já era)
A redacção dos Doninhos entrou no terreno e descobriu o que é feito do loiro bombástico depois da Fama...




Como podem ver, encontramos o Rui Bandeira perdido no Pátio, café de Vila do Conde, esse cemitério de antigos artistas. Se dizem que o Real Madrid e outros que tais, são cemitérios para treinadores, constatamos que o Pátio é o cemitério de velhos artistas, para quem a fama e o sucesso não andam de mãos dadas.
Desde o poeta Ramalho, até ao técnico de som e guitarrista das Manas Calóricas, Pai Natal, todos eles conhecem ali o seu verdadeiro destino, o final do caminho.
Todos recolhem às cadeiras que permitem o acesso a um computador com Internet e buscam os tempos áureos que já passaram assim como o conforto de uma mulher de 50 anos, divorciada e disponível para amar, perdidas por chats deste país.



De cabelos secos e espigados, passando pela necessidade de usar óculos, aquele que agora é conhecido como o Trovador do Pátio, por causa do seu aspecto medieval de cancioneiro de amigo, Rui Bandeira é apenas uma imagem enrugada daquele que já foi o vencedor do Festival da Canção Portuguesa (e ficou em 21º de 23 candidatos no Eurovisão da Canção).

Agora é vê-lo no Pátio, entregue a uma cerveja e amendoins, longe do Passeio da Fama.
Mas no meio de toda a tristeza ainda é um consolo ver que ele está bem, longe de se atirar de uma ponte como fez o vencedor do 1º Brig Brother. Ali ele está rodeado de amigos e cultiva simpatia por todos, já não precisando o cabelo L'oreal para seduzir ninguém. A sua simpatia basta e a ele lhe dedico o meu post.




"Mas se um dia já não for famoso
arco-íris desmaiado
não me rabisquem nas revistas
das salas de espera dos dentistas
vão ao mapa cor-de-rosa
redesenhem poema e prosa
com conteúdo sólido e gasoso
p'ro melhor argumento adaptado:
Foi famoso por ser famoso
foi famoso por ser famoso."


Extracto da música - Rei do Zum-Zum de Sérgio Godinho


O Fim do Pasquim!!!

pasquim


do It. Pasquino, n. pr.

s. m.,
sátira afixada em lugar público ou posta em circulação clandestinamente;
jornal ou folheto que difama.






Querendo representar graficamente o sinónimo da palavra Pasquim, o resultado seria este:





Esta seria a imagem utilizada caso fosse um dicionário ilustrado.

Esta nova revelação vem no seguimento desta notícia:



Até aqui tudo bem, simpaticamente a menina Sofia C. de Castro com L.F.S. assina esta notícia. Entrega-se de corpo e alma, utiliza as suas fontes, pesquisa e lança para os escaparates esta bomba.

O problema é que ela não tá a falar ou sequer a noticiar aquilo que este Pasquim normalmente noticia. Basicamente, são notícias de merda.
Todos nos habituamos a ler, neste pedaço inútil de papel, notícias sobre coisas sem interesse nenhum, logo como não têm interesse, não ferem susceptibilidades.


Exemplo 1: "Elsa Raposo fez uma sex tape onde aparece juntamente com 200 anões numa orgia desatinada e desenfreada."

Esta é a notícia padrão do Correio da Manhã.
Só vai atingir uma pessoa, Elsa Raposo. (os anões não são atingidos ou insultados porque, para eles, até é porreiro fazer sexo com uma velha turbinada).

Exemplo 2: "Carlos Castro ferido depois de uma colonoscopia caseira."
Mais uma vez, o único visado e aquele que sofre perante esta notícia é: o badocha larilas.

Conclusão: Em ambos os exemplos, os leitores não são afectados minimamente por estas notícias. Apenas as folheiam e continuam com a sua vida. Não interrompe a normalidade do seu dia.

Agora quando estes bestas decidem ser sérios (se é que isso de ser sério é posível para estes merdas) o resultado é geralmente catastrófico.
Porque, segundo aquilo que eu me apercebi, existem secções nas outras redacções destinadas a desmentir as potenciais notícias perigosas que o Correio da Manhã é capaz de lançar.

Senão vejamos:



In Blitz



In BestRock

Rapidamente, este dois órgãos de comunicação social apressaram-se a desmentir a notícia lançada por essas bestas.
É, como se dentro da redacção da Best Rock e da Blitz, existisse uma task force pronta a entrar em acção caso eles fizessem merda. E foi o que aconteceu...

Mas chega de impunidade.
Basta de provocarem alegria/tristeza com notícias falsas.
Fim às toneladas de merda despejadas por aquelas impressoras.
Sangue dos jornalistas de merda que fazem parte do pasquim.
Lápis Azul neste aglomerado de informações fúteis.

Que se dê início a uma Jihad de propporções bíblicas contra este tipo de jornalismo.

-Que me chegue às mãos a sabedoria de fazer uma bomba artesanal para atar à volta da cintura e explodir com aqueles animais todos.
-Que a coragem se acumule dentro do meu corpo, para o colocar à disposição para servir de transporte a uma bomba que aniquilaria de uma vez por todas esta redacção.
-Que depois de mim, caso o jornal sobreviva, existam outros guerreiros santos capazes de tornarem mártires em prol de um jornalismo minimamente fundamentado.



Quem me leva os meus fantasmas?!?!

..ÉHH!!!......Eu levo-os car@lh0.....!!!!

"Melting Pot" Musical No Círculo de Amigos


Melting Pot serve de metáfora para descrever uma sociedade multicultural a todos os níveis. Sociais, Raciais e Culturais servem de base para este termo largamente estudado nas aulas de Inglês.
Se naquela altura servia para descrever a abundância de culturas e tribos urbanas existentes em Inglaterra, mais concretamente em Londres, o tópico ficou agora menos internacional e pode-se perfeitamente adaptar à realidade lusa.

Vejo-me rodeado por diferentes amigos, com características culturais completamente diferentes a a fervilhar num caldeirão cultural em plena fusão de sabores musicais diferentes.

Se por um lado tenho estes amigos Crushing Sun dos quais deixo aqui uma pequena amostra:



Por outro lado já tive e ainda tenho alguns amigos do outro lado do espectro musical, este caro conhecido Dj Italian Lover do qual, também, deixo aqui uma amostra:



Conclusão Sociológica:

Mais vale um caldeirão a ferver com metaleiros de cabelos abanar e tímpanos arrebentados, do que ferver em azeite de pastilheiros deixado, por eles, numa pista de dança.

Se para muitos, eu incluído, ambos os géneros são intragáveis em termos musicais, as pessoas correspondentes a cada um desses géneros são totalmente diferentes e se tivesse de escolher compincha de aventuras um metaleiro ou um pastilheiro a minha escolha era fácil e evidente.


\m/




Confronto de Gerações Televisivas - Conclusões!



Existe um debate intenso sobre o poder que os meios de comunicação exercem sobre as pessoas, especialmente crianças e adolescentes, e nós Doninhos decidimos levar o assunto a sério e, em vez de assistirmos a um confronto de opiniões de ambos os lados da barricada, utilizamos os nossos laboratórios para tirar algumas conclusões a respeito da influência que a televisão (objecto de estudo nesta experiência) tem na mente das criancinhas de hoje em dia.

Assim submetemos ao estudo uma criança que fosse uma representante da criança actual (badocha, parva e histérica) e colocamos-la a assistir a séries dos anos 90 e as actuais séries e decidimos retirar as nossas próprias conclusões.



A polémica foi de novo incendiada por causa de recentes massacres ocorridos nos Estados Unidos e nalgumas chapadas distribuídas por alunos a professores nas actuais Escolas Portuguesas.
Muitos especialistas afirmam que essa onda crescente de violência seria causada por uma má selecção dos conteúdos dos canais de televisão, conteúdos esses que levavam as crianças a terem comportamentos mais violentos.

Vejamos o vídeo resultante da experiência:



Como podem verificar, colocamos o mesmo indivíduo a assistir a elevadas doses de séries dos anos 90 (Knight Rider, Macgyver, Baywatch e alguns programas apresentados pelo José Jorge Duarte aka Lecas ) e verificamos os resultados. De seguida, pegamos no mesmo Badocha ( fenótipo da criança actual) e passamos horas da programação actual programação portuguesa e, obviamente, também tiramos os resultados.

Apontamentos:

1- Depois da cobaia ter sido submetida à programação antiga, dos anos noventa, a criança apresentou-se muito agitada e nervosa no seu quotidiano. Tinha baixíssimos níveis de paciência tendo inclusive ficado extremamente violento e malcriado.

2- Após a visualização da programação actual a cobaia obteve um resultado completamente diferente do anterior, apresentando-se calmo e com uma presença parva a roçar o abichanado.

Conclusão:

Depois deste teste intenso foi-nos permitido concluir que as actuais séries de televisão não fazem aumentar os níveis de violência, nem deturpam o carácter das crianças e pré-adolescentes.

Foi após a visualização das séries vintage que o Badocha teve um comportamento violento capaz de entrar numa escolinha e mandar grande chapada no Professor de Educação Física, porque ele não seria capaz de aguentar o teste de Cooper. Logo o actual número de agressões a professores e crimes executados por adolescentes não é causado pela programação televisiva.
Muito pelo contrário, o sujeito depois de ver as séries actuais tornou-se num ser pacífico (em doses excessivas e perigosas) assim como também assistimos a uma perca da sua orientação sexual. Pelo seu comportamento pós programas actuais podemos afirmar que este sujeito não só não vai causar nenhum distúrbio como se vai transformar num homossexual assumido.

Observações:

Antes de tirarmos conclusões baseadas em pseudo especialistas, que populam nos mais variados programas (Prós e Contras, Eixo do Mal e etc. ) decidimos tomar a rédea da situação e tirarmos as nossas próprias conclusões baseadas nas certezas que a ciência nos permite obter. É claro que existe uma margem de erro mas tentamos.
É certo que o Badocha sofreu terríveis danos, provavelmente irreversíveis, mas é um preço simbólico a pagar para esclarecer assunto tão importante nos dias que correm.