O meu piquenique ou "Anjo" idílico...

Primeiro precisava de ter uma mota, uma qualquer, de preferência de cross. DT50 desse género e depois já tinha as ferramentas necessárias para participar num piquenique em Ofir. (O melhor sítio para piqueniques cheio de famílias escondidas atrás de árvores a farparem-se por causa dos ovos cozidos e a foderem um monte de dunas).

Depois de ter a mota precisava de ir ao Buddha, 4L ou Maré Cheia engatar uma jovem da Aldeia. Uma que goste de motas, de jovens com sangue na guelra e que façam cavalinhos e éguas com uma mão nos tomates. Desse género, de faces rosadas e que tenha uma mãe que a encha de enchidos para levar para o piquenique. Quero uma dessas... Também é necessário que seja ardida, não tenha problemas com a simbiose entre campo e sexo, tudo misturado.

Após reunir todos os ingredientes é chegado o dia do piquenique.
Reúno os meus amigos motoqueiros, geralmente na recta de Amorim encontro um bom grupo deles e digo "Ouuuuuu (prás vacas) bora lá para Ofir, a fazer cavalos e pinar (eles gostam muito do termo pinar) com mulheres?"
Montava na mota com a campestre atrás, ela levava a cesta (com os panados e patas de presuntos e ovos cozidos) e eu gladiava-me com os restantes compinchas a fazer ultrapassagens enquanto fumava e levava o capacete no cotovelo.

Chegado a Ofir, lutava por entre os simpatizantes do Benfica e do Porto (os do Sporting estão na Estela a jogar Golfe) para arranjar um bom local. De preferência perto das vivendas, no meio de uma duna e rodeado de árvores. (Privacidade é importante, apesar de serem ardidas não gostam de voyeurs).
Sacava de uma bola de volley e mandava as gajas estender a comida... Nós homens dos piqueniques em Ofir preferimos as bolas de volley para jogar futebol, podemos mandar biqueiros pró ar e arrebentar as árvores nos pinheiros. É algo de másculo chutar bolas para o ar e vê-las a espetarem-se em pinheiros.
Elas comentam contactos do Hi5, enquanto são encadeadas nos olhos pelos nossos cintos com águias e os nosso corpos em tronco nu a trocar umas bolas.

"-Ouuuu passa-me um pão com panado!" grita um deles...

E tudo corre dentro da normalidade... Elas começam a ficar aborrecidas e tontas com tanto sol na testa, nós homens com vontade de copular freneticamente (sem tirar os jeans, como é óbvio, a pilada básica).
Aproveitamo-nos do facto de estarem tontas e aborrecidas e vamos para os preliminares. Termo que para uns podem significar carícias e coisas do género, mas para nós, jovens de sangue na guelra significam mãozadas em tudo o que é lado e rasgar roupa do Planeta dos Jovens.
Um questão de perspectiva esta coisa dos sinónimos e discrepâncias sociais....

Apesar de porcos, queremos a nossa privacidade e fazemos questão de nos afastarmos uns dos outros para a cópula que marca o piquenique em Ofir.
Cada um numa vertente da duna, há um pacto secreto que não nos permite olhar uns para os outros.
E depois é só: -"bota virar milho..."- exclama outro dos presentes..
E assim se passam 3 minutos de puro sexo. 3 minutos, não mais do que isso. Porque isto de andar com os tomates colados ao depósito da velha DT50 acelera a precocidade.
Ela fica satisfeita ou não... indiferente...
Nós vamos comer... com os jeans colados aos slips e com os lábios brilhantes de gordura dos panados e as mãos cagadas de óleo da gasolina nitrada que usamos nas motas.

(Pequena demonstração de como se pode aliar qualidades em cima de uma mota e combina-las com uma bela posição sexual)

O Fim!