Já passaram quase seis meses e ainda não consegui esquecer uns breves instantes na minha vida. No dia 29 de Janeiro de 2007, aquele que seria apenas mais um dia, a somar a muitos mais de cinzentismo dolente, tornou-se um marco que mudou completamente a minha forma de pensar a vida.
Como usualmente fazia, almocei em casa um bife com batatas fritas e , simulando que tinha pressa para ir trabalhar (o que não fiz nesse dia), saí de casa sem tomar o habitual café, e despedi-me da minha mãe.
Sabendo como funciona o meu organismo, passei no "Vô Velino", e comprei um croissant de chocolate, e fui para perto do estádio do Varzim dormir um pouco dentro do carro, até que fossem horas de ir treinar ao ginásio.
Chovia copiosamente e não circulava vivalma.
Atrevi-me a comer o croissant antes de dormitar, na esperança de que, quando acordasse, fosse só arrancar para o treino sem mais delongas.
Pelas seis da tarde, acordei estremunhado e, pelo tardar da hora dirigi-me ao ginásio, sem saber o que viria.
Já no balneário e equipado, senti vontade de defecar, uma vontade mediana confesso, mas intolerável à sociedade caso me arriscasse a treinar sem aliviar aquela carga, e tivesse um descuido em pleno esforço de levantar pesos.
Bem o que aconteceu depois, amigos, é digno de um filme do fellini…
À caçador, para não encostar as nalgas na sanita, pus-me em posição de recepção no volei, ou de guarda redes no futebol segundos antes de ser marcado o livre, e contrai os abdominais de forma a que saiu um pastel fétido que, para admiração do meu esfíncter parecia não ter fim.
Assustado, tentei fechar o ânus para cessar a gravata que me saía mas não consegui, tendo apenas cessado o sofrimento alguns segundos depois.
Rapidamente, olhei para a sanita e vi algo que nunca sonhei sequer um dia imaginar.
Desde a borda frontal da sanita até ao início da água que no meio desta repousa, contemplei, abismado, um carolo com mais de 30 cm de comprimento, espesso e unido de uma ponta à outra.
Assustado afastei-me da sanita e fiquei encostado à parede sem reacção, não acreditando que tal "ser" tinha saído de mim.
Estranhamente, não tive coragem de puxar a água, e puxando os calções, fui a correr para o ginásio coma respiração ofegante.
O caro leitor poderá estar a tentar interiormente, encontrar uma explicação para tal acontecimento. Eu próprio o faço constantemente: terá sido uma perigosa conjugação de croissant com ausência de água que criou ser de tal consistência? Será que o meu esfíncter não tem doseador, como seria de bom tom, e permita a criação de seres de interminável comprimento?
Sinceramente, amigos, não o sei, e não quero imaginar a reacção do meu sucessor naquele WC naquele dia quando se defrontou com tal obra.
Mas sinto um misto de orgulho, pela criação, mas também de medo de tal acontecimento se voltar a repetir, e de não saber como reagir.
Aconteceu…
(obrigado Bean)
De um amigo para nós! (apareceu no meu mail)
Escrito por Sidoninho a domingo, julho 01, 2007
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